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PROJETO CORÓ

PROJETO PESQUISA/fortaleza 2018

 

Coró, peixe pedra ou o povo que vive em Camocim, do Tupi Guarani: Buraco ou pote  ara enterrar defunto, cerimonial indígena para enterrar os Tremembés, meu povo?! Eu de Fortaleza, meu pai um coró de Camocim, cidade do litoral do Estado, que tem um braço de mar denominado Coreaú. O rio Coreaú do peixe coró. Terra e território perpassam esse projeto sobre identidades, apagamentos e avivamento da cultura
indígena na perspectiva do teatro documental e da performance como testemunho sobre o tempo e transformações.

Coró é um desdobramento da pesquisa do ator e produtor cultural Jota Júnior Santos, gerado após a montagem do espetáculo “Cama de baleias”, dos artistas-estudantes do curso de licenciatura em teatro da Universidade Federal do Ceará sob a orientação e direção do Prof. Me. Francis Wilker(DF) que embarcaram na metáfora de um naufrágio para falar de um tempo social, político e das memórias pessoais e coletivas de uma cidade a beira da destruição. Ambientada numa estação de trem desativada na cidade de Fortaleza, que já foi um cemitério indígena o projeto deixou marcas nos artistas e hoje se faz pulsante para uma proposição de pesquisa cênica autoral, documental e performática que borre tempo e linguagem, real e ficção, na busca de narrativas e gestos
descolonizado, desde a forma de pensar as histórias, como a de fazer teatro, assumindo outras vozes e outros processos, cruzando questões da nossa atualidade e passado, trazendo para o teatro a experiência documental.


O ator junta-se com a atriz Alessandra Eugênio que integrou a montagem e ao ator e performer Beethoven Cavalcante, ambos integrantes do grupo Pavilhão da Magnólia para juntos mergulhar em materiais pessoais e memórias sociais veladas, na construção de suas alteridades, que selecionaram e censuraram memórias desta matriz da colonialidade e que até hoje reverbera em discurso. No entanto, se faz necessário lutar
para contar essas histórias que nos construíram. Para a cena buscaremos refletir o processo, fazendo com que a cena ganhe a atribuição daquilo que realmente ela é: um discurso articulado sobre o mundo, como aponta Marcelo Soler em sua pesquisa por uma pedagogia do teatro documental.

 

Dividido em etapas, o projeto propõe articular vivência e pesquisa etnografica inloco nas cidades de Camocim e Amofola no Ceará. Realização de oficinas com artistas colaboradores e espaços de criação para o reprocessamento do material coletado-vivido a fim de acessar no material documental elementos para transpor na cena e a criação de textos que documentem o processo.

Abril de 2018

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