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fóssil

Performance, 2018

duração ATÉ 180MIN

 

Desembrenhar em si, desencavar, dessepultar memórias, desenterrar gritos abafados, dessoterrar, exumar, desentranhar histórias exterminada ao longo de 521 anos e que parecemos não se importar.

Afetar a partir do encontro com um homem–fóssil.

Ficha Técnica

Performance: Jota Júnior Santos

Assistência: Alessandra Eugênio

Vestimenta: Beethoven Cavalcante

Fotos: Luiz Alves

Ilustração para divulgação: Raísa Cristina

Agradecimentos: Jander Alcântara, Francis Wilker, Iago Barreto, Pavilhão da Magnólia, Universidade Federal do Ceará, Pedro Henriques, Clarice Lima e Rodrigo Alencar

Sobre o trabalho

Fóssil é uma performance instalativa, onde o artista expõe-se em local público, meio enterrado, meio estático, na vertical, sendo um fóssil, que guarda mais do que evidências de atividades biológicas preservadas, estão naquele encontro memórias, camadas, histórias silenciadas e presença.

 

Projeto Coró, é uma pesquisa desenvolvida pelo artista, que começou após a encenação de “Cama de Baleias” (2017) montagem de sua turma de Teatro da UFC, com direção de Francis Wilker. Na peça, a dramaturgia foi criada a partir das memórias pessoais dos artistas, na ocasião Jota provocou-se a pensar sobre sua identidade, e deparou-se com uma negação inconsciente de sua ancestralidade indígena. A partir daí começou a pesquisar sua cidade natal, Camocim-Ce e as evidências da passagem dos Tremembés pela cidade rumo ao estado do Piauí. Evocando a imagem do peixe pedra, o coró do Rio Acaraú, para nadar sobre essas memórias.

Os avivamentos e apagamentos da memória indígena no ceará constituem sua pesquisa que busca dramaturgias para provocar experimentos teatrais e performáticos. A exemplo de “Como devolver o braço do índio? (2018) experimento cênico que dialoga com a cidade de Fortaleza, criado após o artista deparar-se com uma estátua de um indígena sem braço, no portal principal do Parque da Criança-Centro. A encenação foi realizada em junho de 2018 no Museu do Ceará, após desenvolver ocupação e performances realizadas no Parque da Criança com o artistas colaboradores Alessandra Eugenio, Beethoven Cavalcante e Lawrence Sá.

 

A performance FÓSSIL propõe realizar um trabalho de escavação de memórias do artista a partir do encontro com o outro, com seu corpo e as imagens produzidas. Bem como com as imagens que inspiraram o trabalho, a exemplo quando da diáspora do povo Tremembé que tiveram no ano de 1897, seu território soterrado por uma duna em Amofala-CE.

O programa da performance FÓSSIL, contempla as ações:

- Enterrar-se: Será transportada até  o espaço previamente definido 10 sacos de areia (100 kg). Com essa areia e com a ajuda de possíveis transeuntes, ele executará o processo de  criação do 'vulcão' e passa a se enterrar na posição vertical.

- Habitar: Após enterrado o performer ficará neste espaço por um tempo indeterminado em silêncio. Ao desenvolver do tempo há variações de imobilidade e micros-movimentos.

 

- Desencavar: Depois de um longo silêncio o performer pode começar a falar memórias, suas, coletivas, histórias coletadas e conversas com transeuntes ou público. Depois o performer desmancha a estrutura de areia e a deixa no local;

Duração total: 

Até 03 horas aproximadamente

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