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pesquisa:

como Devolver o

braço do índio?

AÇÕES PERFORMÁTICAS

PARQUE DA CRIANÇA/fortaleza ABRIL 2018

Como devolver o braço do índio? é a pergunta-ação para proposições performáticas criadas pelos artistas:

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AÇÃO 1 - Perguntar na praça aos passantes, ocupantes da praça em situação de rua, aos trabalhadores da praça e do entorno: Como devolver o braço do índio?

AÇÃO 2 - Perguntar nas redes sociais a outros artistas, indígenas, movimentos sociais, pesquisadores, dessa cidade e de outros lugares País: Como devolver o braço do índio?

AÇÃO 3 -  Perguntar a cidade através de intervenções como stencil, lambe, faixas nas ruas com a pergunta: Como devolver o braço do índio?

AÇÃO 4 - Protocolar em instituições públicas, organizações de classe ligadas ao patrimônio, memória, urbanismo e cultura indígena ofícios com essa pergunta: Como devolver o braço do índio?

PROPOSIÇÃO CêNICA

28 e 29 de julho de 2018, no Museu do Ceará

dentro da Mostra Outras Cidades - UFC

Depois de ações investigativas acerca de uma estátua de um índio, datada de 1922,situada no Parque da Criança - Centro de Fortaleza. Quatro artistas dividem suas Buscas por repostas e a tentativa de se fazer uma peça que dê conta da pergunta: Como devolver o braço do índio? Na cena, uma assembleia discute o que ficou desses documentos nos corpos dos artistas, um convite para pensar nesse membro perdido, ou, ceifado pelo tempo-história levando em conta a condição dos povos indígenas no país.

Avançando por questões da cidade, como patrimônio, ocupação dos espaços públicos e das questões pessoais dos artistas, temas como colonialidade e construção/negação da identidade indígena cearense estão presente na obra.

Proposição artística e performance: Alessandra Eugênio, Beethoven Cavalcante, Jota Júnior Santos e Lawrence Sá
Encenação e Dramaturgia: Jota Júnior Santos
Orientação: Prof. Francis Wilker

Música: O Guarani de Carlos Gomes
Criação sonora e apoio técnico: Eliel Carvalho
Figurino e criação gráfica: Beethoven Cavalcante 
Fotos: Marcos Paulo e Iago Barreto

Duração: 40 min

Classificação: Livre

sobre o trabalho:

Gestado como exercício final da disciplina Práticas de encenação, ministrada pelo professor Ms. Francis Wilker do Curso de Licenciatura em Teatro – Universidade Federal do Ceará-UFC, o trabalho do aluno-diretor Jota Junior procura ampliar as possibilidades de composição poéticas entre cena e espaço urbano a partir de três espaços:1-  O Parque da Criança - Centro de Fortaleza-CE, espaço público que  o grupos habitou por 04 meses, nutrindo e provocando a criação do trabalho neste espaço ocorreram as performances. 2 - A tribo dos Anacés, em Caucaia-CE, foi espaço de vivência com os indígenas, pesquisa e discussões sócio-políticas. 3 - O Museu do Ceará, espaço institucional para apresentação da “assembleia” - cena. A escolha do museu se deu como espaço de arte, que salvaguarda a memória, sendo o lugar da memórias que também legítima arte.

Para André Lepeck, dramaturgo, curador e professor de estudos da performance na cidade de Nova York, ao discorrer sobre planos de composição, nos apresenta o conceito “matérias-fantasma”, evocada por Avery Gordon, essa percepção que trata de todos aqueles fins que ainda não terminaram, como a abolição da escravatura, a colonização, as guerras, ‘passados’ que não passaram e ainda ecoam na vida contemporânea e no cotidiano, um "membro fantasma".

 

Tal conceito dialogava com a imagem inicial do trabalho - UM ÍNDIO SEM BRAÇO - visto numa praça, no alto de seu portal, uma estátua datada de 1922. Um 'personagem romantizado' que quebra suas correntes, em alusão a independência do Brasil de Portugal, e que há alguns anos teve sua estrutura danificada, um de seus membros foi ceifado pelo tempo-abandono-descaso. Ao olhar esse índio sem braço, não tivemos como não pensar na violência contra os indígenas que tiveram mãos arrancados por facões de posseiros no Maranhão e no Ceará. Bem como, não repensar a condição desses povos no país ao longo do tempo, um genocídio em curso. 

 

Essa foi o provocação, para a criação deste projeto cênico que dialoga com a cidade de Fortaleza, mas avança para outras questões que os artistas vinham tratando em suas pesquisas dentro e fora da universidade, que passa pela construção e da negação da identidade indígena cearense.

A virtualidade do membro fantasma, foi amplamente performada pelos artistas colaboradores no Parque da Criança, no centro de Fortaleza - onde esta localizada a estátua, nas ruas e nas redes sociais a fim de construir material cênico para o espetáculo, o que vai para cena, atua como contemporâneo do presente, são as tentativas de construir um peça que dê conta de responder a pergunta: Como devolver o braço do índio?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INSTALAÇÃO

PROPOSTA 2019

Instalação documentos , extratos, respostas colhidas a disposição do público, além de imagens do processo feitas pelo fotógrafo Marcos Paulo e o registro das apresentações feitas pelo fotógrafo indigenista Iago Barreto ( fotógrafo e arte educador do Museu Indígena Tremembé e da Escola de Formação de Cineastas Indígenas). Projeção dos vídeos registros da pesquisa e vídeos criados no processo

microfone para que o público possa responder a pergunta:

Como devolver o braço do índio?

TENTATIVA CÊNICA DIGITAL/ grupo pavilhão da magnólia

PROPOSTA 2020 - submetida ao edital arte em rede,

Convocatória para Seleção de Projetos Artísticos

em Formato Digital

LANÇAMENTO: 18/11/2020

“Como devolver o braço do índio? tentativa cênica digital”, é o compartilhamento da pesquisa do mais novo espetáculo do grupo Pavilhão da Magnólia com estreia prevista para 2021. Aprovado na Convocatória Arte em Rede da SecultCE, a abertura de processo será lançada no na próxima quarta, 18 de Novembro, às 19h no canal do YouTube do CineTeatro São Luiz. Após a exibição, o grupo convida a todos para realizarmos uma conversa aberta para escuta e provocações  do público, às 20h no Google Meet.

 

Iniciada em 2018 pelo ator Jota Júnior, a pesquisa traz um dialoga entre performance, teatro, patrimônio  e começa dentro do curso de Teatro-Licenciatura da Universidade Federal do Ceará. A pergunta que intitula a pesquisa acontece quando Jota Júnior encontro uma estátua localizada no Parque da Criança, entro de Fortaleza. Datada de 1922 e nomeada de “Índio Liberto”, a estátua quebra suas correntes, em alusão a independência do Brasil de Portugal. A estrutura está danificada, um braço foi ceifado pelo tempo-abandono-descaso. A imagem do "índio sem braço" nos provoca como uma metáfora para pensar o genocídio e abandono dos povos indígenas no país.

 

Em 2019, Pavilhão da Magnólia incorpora a pesquisa em estudos e experimentações com colaboração do encenador Andrei Bessa. A pandemia de 2020, impõe a virtualidade para encontrar espaços de experimentação. É essa nova perspectiva que dá base a narrativa adotada nessa abertura de processo.

RELEASE:

“Estamos aqui, diante da estátua “Índio Liberto”, que fica no alto de um portal na entrada do Parque das Crianças. O símbolo da independência do Brasil é invisível aos olhos dos passantes, sua deterioração ilustra o descaso - aos povos originários e a história. Cada parte do Índio aos poucos se vai, é a ausência de um dos braços que nos faz parar e pensar para agir. Reunimos aqui nossas respostas à pergunta: Como devolver o braço do índio?”

FICHA TÉCNICA:

Proposição artística e performance:

Alessandra Eugênio, Eliel Carvalho, Jota Júnior Santos, Nelson Albuquerque e Silvianne Lima

Colaboração pesquisa: Beethoven Cavalcante,

Lawrence Sá, Iago Barreto e Francis Wilker

Encenação e Dramaturgia: Andei Bessa

Criação sonora e Apoio técnico: Eliel Carvalho

Fotos processo: Marcos Paulo e Iago Barreto

Realização: Pavilhão da Magnólia

Produção: Som e Fúria

Duração: 22:26 

 

Sobre o proponente:

Jota Júnior Santos é Ator, performer, produtor cultural é integrante do Grupo Pavilhão da Magnólia desde 2012. Graduando em Teatro pela Universidade Federal do Ceará-UFC. É bolsita PIBIC, com a pesquisa “DOS TEMPOS DA/NA CENA: inspirações grifferianas entre cena, tecnologia e alegoria”. Sua pesquisa artística busca diálogos acerca de memórias, identidades e povos indígenas no Ceará, através do ‘Projeto Coró’ que propõe ações de investigação quanto ao imbricamento da performance com o teatro. Atualmente colabora com produção em projetos independentes de artistas da Dança, como Rosa Primo, Silvia Moura, Rosa Ana, Cia Andanças, tendo projetos contemplados em editais nacionais e locais.

 

Sobre o Grupo Pavilhão da Magnólia:

O Grupo Pavilhão da Magnólia, surgido em 2005, é um dos expoentes grupos de teatro de Fortaleza, com uma prática voltada para ações que movimentam a cena cultural da cidade. Com um trabalho de pesquisa continuada, suas produções marcam os encontros com colaboradores atuantes da cena contemporânea. Com produções para o palco, rua e para o público infanto-juvenil o grupo já montou 14 espetáculos e 12 esquetes (cenas curtas), tendo realizado mais de 900 apresentações em mais de 50 cidades pelo país.

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